À Márcia

Começo do ano, dia 14/1 faleceu a Marcia. Na ocasião fui vasculhar fotos para ver se tinha alguma bonita que pudesse compartilhar com os amigos. Alguns dias antes havia encontrado por acaso com ela no Ibirapuera, ambos com pressa. Paramos e conversamos por um minuto, inclusive sobre o fato de mesmo estando os dois pedalando apressados pudemos parar um minuto para dar um abraço, dizer um olá. Não encontrei nenhuma foto boa dela, porém encontrei esta foto que fiz na cicloviagem para Ubatuba, uma viagem bonita, na qual tive a oportunidade de conhece-la um pouco mais.

Borboleta no asfalto

Borboleta no asfalto

Esta borboleta, naquela ocasião, havia sido a segunda que me chamou a atenção neste dia de pedal pela rod. dos Trabalhadores (vulga Ayrton Sena). Certamente fora atropelada por um caro que nem ao menos se deu conta do que fez.
Na ocasião lembrei de uma viagem que fiz no verão de 99 à Bahia, e de dentro do carro, a cada borboleta que batia no para brisa, meu coração doia. E eu pensava em como a teoria de que “o bater das asas de uma borboleta no Japão poderia causar um tufão no Caribe” se concretizaria. O assassinato de uma borboleta o que causaria? Ela afinal não bateria mais asas.

Logo depois de termos perdido a Marcia Prado, e nas discussões em como homenageá-la, descobri que há pessoas que já homenagearam ciclistas amigos desenhando uma borboleta no chão.
Posto então esta foto em homenagem a ela, pois um amigo mandou , e fez-me pensar mais uma vez em como somos frágeis e também importantes para o equilíbrio do mundo em que vivemos. Devemos cuidar dele como se cuida de um Jardim, para que sempre possa florescer e mostrar seus lados bonitos, e certamente uma borboleta é um destes lados, assim como a Márcia.

Uma resposta para “À Márcia

  1. Li agora esse texto belo.

    Tive conhecimento através do blog do Pedalante.

    Até hoje lamento a ida da nossa borboleta querida.

    Uma frase em espanhol: “Cuándo avistar una mariposa, por supuesto vas a tener suerte!”

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